11-3-2017 en 12-3-2017 / Joana Gama – Travels in my Homeland, Portugal
Dear All,
I am sorry to announce that, due to unforeseen circumstances, the concerts by Joana Gama in Amsterdam and Utrecht have been cancelled.
Q.Art will have the honour to receive Joana Gama in the festival in Portugal and then again in The Netherlands in 2018!
Thank you for your comprehension!
Teresa Pinto
Aanvullende info:
NL
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Joana Gama – Travels in my Homeland, Portugal
Na het brengen van de muziek van Erik Satie naar Nederland in 2016, geeft de Portugese pianist Joana Gama nu, in 2017, een recital waar haar land wordt geportretteerd door de muziek.
In elk van de bewegingen van de cyclus: “Reizen in Mijn Thuisland” door Fernando Lopes-Graça vinden we verwijzingen naar plaatsen, omstandigheden of tradities van verscheidene Portugese districten; een soort compilatie van de etnografische reizen die hij door het land maakte. Met melodieën van traditionele Portugese muziek, wordt dit werk geleid door een enorme directheid, soms bijna onbeleefd, in het muzikale discours.
Heel anders is de benadering van Amílcar Vasques-Dias in zijn relatie met Portugal en met de piano. In “Lume de Chão”, in een poëtische en nostalgische sfeer, Vasques-Dias, geboren in het Noorden (Minho) en wonend in het Zuiden (Alentejo), vertaalt zijn indrukken naar de muziek, zijn herinneringen en invloeden van zijn jeugd en zijn leven op het platteland van Alentejo. “Weefsel van herinneringen en genegenheid”, de ondertitel van deze cyclus wil het verband leggen tussen de “Lume de chão” van de Alentejo en de “open haard” van Minho.
Dit concert resulteert dus in een poëtische-etnografische tour rond Portugal, geïnspireerd door de zin geciteerd door Saramago in zijn boek Essay over blindheid: “Als je kunt kijken, zie. Als je kunt zien, observeer.”
EN
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Joana Gama – Travels in my Homeland, Portugal
After bringing the music of Erik Satie to the Netherlands in 2016, the Portuguese pianist Joana Gama plays now, in 2017, a recital where her country is portrayed through the music.
In each of the movements of the cycle Travels in My Homeland by Fernando Lopes-Graça, we find references to places, circumstances or traditions of several Portuguese districts, a sort of compilation of the ethnographical trips that he made through the country. With melodies from traditional Portuguese music, this work is guided by an immense directness, sometimes almost rude, in the musical discourse.
Quite different is the approach by Amílcar Vasques-Dias in its relationship with Portugal and with the piano. In “Lume de Chão”, in a poetic and nostalgic atmosphere, Vasques-Dias, born in the North (Minho) and currently living in the South (Alentejo), transports to the music his impressions, memories and influences of his childhood and his life in the Alentejo countryside. “Fabric of memories and affections”, the subtitle of this cycle, seeks to make the link between the “Lume de chão” of Alentejo and the “fireplace” of Minho.
This concert results thus in a poetic-ethnographic tour around Portugal, inspired by the phrase quoted by Saramago in his book Essay about Blindness: “If you can look, see. If you can see, observe.”
PT
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Joana Gama – Travels in my Homeland, Portugal
Depois de trazer Erik Satie à Holanda, em 2016, a pianista Joana Gama traz-nos agora um recital onde o seu país é retratado pela música.
A obra “Viagens na Minha Terra”, cujo título nos remete para a obra homónima de Almeida Garrett, de Fernando Lopes-Graça dá o título a este recital. Apesar dos cinquenta anos que separam a composição das obras “Viagens na Minha Terra” de LopesGraça e “Lume de Chão” de Amílcar Vasques-Dias e ainda que as abordagens e estilos de composição sejam consideravelmente díspares, nota-se um especial interesse por parte dos dois compositores em “retratar” de forma pessoal o nosso país. Em cada um dos andamento do ciclo “Viagens na Minha Terra”, composto em 1953 e 1954, encontramos referências a lugares, especificidades ou tradições de várias localidades portuguesas, numa espécie de compilação das viagens de cariz etnográfico que Lopes-Graça foi fazendo pelo país, muitas vezes na companhia do etnomusicólogo corso Michel Giacometti. Assim somos levados a ambientes bem contrastantes: desde a solenidade da “Procissão de Penitência em São Gens de Calvos” ao ambiente dançante de “Em Alcobaça dançando um velho Fandango”. Com melodias provenientes da música tradicional portuguesa, esta obra é pautada por uma imensa frontalidade, por vezes quase rude, no discurso musical.
Bem diferente é a abordagem de Amílcar Vasques-Dias na sua relação com Portugal e com o piano. Em “Lume de chão”, num ambiente poético e nostálgico, Vasques-Dias, natural de Badim (Monção) e actualmente a viver no Alentejo, transporta para a música as impressões, memórias e influências da sua infância minhota e da vida no campo alentejano. “Tecido de memórias e afectos”, o subtítulo deste ciclo composto entre 2003 e 2004, procura fazer a ligação entre o “lume de chão” do Alentejo e a “lareira” do Minho. Em termos musicais, o compositor explora continuamente os registos extremos do piano e, de forma a unificar este ciclo, o aparecimento recorrente de fragmentos nas diferentes peças.
Este recital resulta assim num passeio poético-etnográfico por Portugal inspirado pela frase citada por Saramago no seu Ensaio sobre a Cegueira: “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”.
Dit concert is mede mogelijk gemaakt door: